sábado, 22 de dezembro de 2007

Negação e Afirmação da pós-modernidade - Parte 3


Depois de um breve tempo afastado das letras filosóficas, porém em construção de outros pensamentos, voltamos agora à nossa casa de idéias e voltamos de onde paramos . Certamente fica mais fácil parar quando sabemos que podemos voltar por que deixamos algo que nos justifica a continuar .
No nosso último encontro onde fui o cicerone na viagem sobre modernidade e pós-modernidade, e faltou-nos fechar com a conclusão do nosso tema . E ainda seguindo o nosso livro gênese, daremos seqüência ao desfecho filosofal sobre o mesmo .
Afinal a modernidade não é apenas segundo A . Sánchez criticada, mas ela é também negada !
Vale ressaltar que o pós-moderno apresenta-se de maneira a ser uma outra forma de pensar e praticar aquilo que se tem como modernidade, logo é o resultado daquilo que já comentamos em outras linhas sobre a sociedade pós-industrial que começa a surgir após a segunda guerra .
Dessa forma comentar a negação pós-moderna é enfrentar o ponto que envolve a palavra legitimação . Contudo a própria pós-modernidade nega seu fundamento de legitimação, pois despreza a própria categoria de fundamento, o que arruína qualquer tentativa por si só de se pensar em legitimação . Mas sabemos também que sim, existe um nexo entre fundamento e o projeto, uma vez que lógica já nos ensinou que todo projeto para ser válido precisa estar fundamentado . Adolfo Sanches cita uma indagação interessante quando diz : “Se se afirma a carência absoluta de fundamento, em que fundamentamos a falta de fundamentos?” . Confesso que a questão é complexa .
Dessa forma a negação de emancipação, cuja raiz é encontrada como cerne também na modernidade, é uma questão de múltipla ordem em nosso meio por que suas teias se estendem desde a teoria à prática política . Podemos dizer em síntese que o pensamento pós- moderno nega a história (impondo seu rítimo na consciência do tempo que nos rege), nega o sujeito (por que maquia e faz o homem que quer segundo seus interesses), nega o progresso (por que impõe a seu rítimo as transformações) . E se tivermos história será a pós-história por que chegamos a nosso fim !
Concluímos nosso estudo sobre o tema que foi abordado em três partes dizendo que o pensamento pós-moderno consegue fazer com que o presente que se reproduz a todo instante fazendo com que o novo sempre se repita , perdendo logo a característica de novidade, mas nos impondo a tendência pela cultura fútil e que ainda muitos contribuem com isso fomentando a cultura inútil e replicando em gens esse modo de vida . Lamentável .
Quando a afirmação da pós-modernidade ela não existe, por que se a afirmamos e a legitimarmos dentro de nosso cenário social é sem dúvida o fim meus caros !!

terça-feira, 30 de outubro de 2007

InfelizMENTE em CONSTRUÇÃO !

sábado, 13 de outubro de 2007

Modernidade e Pós-modernidade - Parte 2



Parte II – A crítica dos filósofos a Modernidade

Nessa parte iremos abordar a visão de como os pensadores reagiram aos conceitos já desenvolvidos por nós, sobre modernidade . E esses pensadores consagrados pelo manto da razão são : Marx ; Nietzsche ; Weber e Adorno . Entretanto vários outros pincelaram o tema proposto como a exemplo de Rousseau .
Seguindo a ordem e examinando a crítica de Karl Heinrich Marx à modernidade podemos notar que é justamente esse filósofo quem de maneira mais enfática conjuga as relações dos aspectos negativos e positivos ligados à modernidade. Marx contudo não afasta a questão do mérito histórico da classe social impulsionada por uma burguesia, não . Para Marx o progresso oriundo da razão se “materializou no desenvolvimento das forças produtivas” como bem ensina Sánches . Mas Marx ressalta que o domínio do homem sobre a natureza deu lugar ao domínio do homem sobre outros homens , ou seja , a alienação . E como sempre fazendo referência ao social em face do desenvolvimento , Marx cristaliza seu pensamento quando afirma que a modernidade por sua versão burguesa trouxe enormes custos para o desenvolvimento humano e que esse próprio desenvolvimento será o estopim para uma emancipação livre da própria humanidade através da destruição e superação que é a burguesia . E finalizando cumpre salientar que a visão de Marx da modernidade é a que expressa sobre a exploração e a opressão dos homens oriundo da própria limitação das classes .
Após Marx temos Friedrich Wilhelm Nietzsche , que no século XIX radicalizou seus pensamentos quanto à crítica da modernidade . O próprio Nietzsche combate à superação ligada a um progresso. Para ele não há Ascenso sem retorno . Contudo não chega ele a negar totalmente essa ascensão pois também acredita na chegada ou formação de o “homem novo” que saberá por sua vez criar novos valores . E para Nietzsche é a esse homem a quem o futuro continua aberto e sendo assim possível da nova reconstrução do seu meio .
Compreender Maximillian Carl Emil Weber sob esta ótica moderna é saber que para esse filósofo , cujas idéias repercutiram no século XX , A modernização é a interpretação de todas as outras descobertas que nos culminaram pelo processo contínuo de racionalização . E a razão aqui em Weber é a que se aliena pelos próprios princípios e valores . Segundo Weber esse processo vai gerar a chamada “jaula de ferro” donde uma dita força irresistível presente nas barras da jaula é que vão determinar o destino de cada indivíduo .Consignando a isso temos que essa dita força irresistível está no nosso meio de vida, e é assim o capitalismo que não conhece , valores ou princípios , mas sim eficiência ou ineficiência .
Para o filósofo da escola de Frankfurt Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno a modernidade vai se caracterizar justamente pelo desdobramento da razão . Esse desdobrar é que vai implicar num chamado progresso técnico e econômico e será a sua face tecnológica , obtida como fruto desse desenvolvimento, que vai gerar os objetos ou máquinas que dominaram as relações humanas entre os próprios homens . Para Adorno isso é que vai compreender a sociedade industrial avançada gerando como reflexo a burocracia da vida social dos próprios homens .

* A imagem relata bem o que seria a "jaula de ferro" de Weber . E a grande mão que move os destinos seria o capitalismo .

sábado, 6 de outubro de 2007

Modernidade e Pós-modernidade - Parte 1- Noções


Parte I – Noções

Tecer os comentários que explicam esse novo de tema de hoje, onde retornamos ao nosso livro gênese do mestre Adolfo Sánches , é como nortear ou esclarecer como uma prática humana vem interferindo em nossa vida e sobre a qual diversos filósofos dos séculos pretéritos e contemporâneos se esmeram em traçar um raio x da atividade humana onde filosofia, economia e cultura estão intrinsecaMENTE ligados pelo condão da razão humana .
Assim falaremos nessa parte de hoje um tema pelo qual vamos dividir em 3 partes que são : Noções , A crítica dos filósofos e a conclusão onde chamaremos de Negação e Afirmação das teses .
Dessa forma cumprindo nosso propósito vamos começar falando sobre a Modernidade .
E por modernidade nossos olhares devem estar voltados para o processo histórico de como desde o iluminismo burguês, exemplo de emancipação humana iniciada com a revolução francesa, até o desenvolvimento com a revolução industrial vão criar os mecanismos que consubstanciam as premissas da modernidade . Sim, mas o que vem a ser modernidade?
Modernidade é a sociedade dinâmica que no ceio de sua emancipação progressiva se apresenta junto à atividade humana de viver com o desenvolver orientado para o futuro , é a chamada “sociedade que não conhece limites ou detenças” como ensina o mestre Adolfo Sánches . Constitui dessa forma a modernidade por características próprias que são ainda segundo o mestre Sánches: a) Emancipação humana ; b) O culto à razão – que será a forma pelo qual o desenvolvimento será alicerçado para que se domine tanto a natureza como os outros homens ; c) Caráter progressivo, ou seja, o novo em substituição do velho ou o passado em substituição do presente e do futuro depois .
Quanto a Pós-modernidade faz-se necessário também trazer os conceitos da modernidade porque a pós virá como superação daquilo que é ou foi o moderno . É no sepultamento do moderno que renasce o pós-moderno .Ainda assim cumpre salientar que o prefixo pós não indica no campo da filosofia tão somente algo que serve para ilustrar o que vem depois . Não . O prefixo pós serve para dizer que esta pós-modernidade indica a inclusão da modernidade , por isso a idéia de modernidade não deve ser por nós desprezada sem se fazer uma relação entre os temas .
Mas discursando mais sobre o tema vamos dizer a vós que pós-moderno consiste na mudança radical sobre as premissas que dão base a modernidade . E as mudanças se apresentam segundos filósofos em mudanças onde o agora é a informatização , é a expansão da economia que não tem barreiras para sua afirmação é a dita economia que não tem obstáculos da natureza, do inconsciente , do terceiro mundo e até mesmo da cultura formada ao longo dos anos que impede para a lógica de mercado uma universalização homogenia dos consumidores . O pós-moderno é a legitimação do poder em detrimento a legitimação do saber .

Dessa forma damos encerrada essa primeira parte , visto que a título de noções o tema foi fiel ao exposto . Pois a compreensão completa do tema necessita das 3 partes

sábado, 29 de setembro de 2007

Tobias Barreto homenageia o povo Paraibano .


Aos oficiais da guarnição da Paraíba (Improviso)

“No coração desta gente
O bravo sufoca o ai;
Que ferros!... O cedro ingente
De um golpe derreia e cai.
– “Ceda a república insana:
Se enfim não se desengana,
Espada pernambucana,
Desembainha-te e vai!

Vai tu que não geras fracos,
Cidade que abres-te aos sóis;
Cornélia, mãe de cem Gracos,
Viúva de oitenta heróis.
Quem há que o colo te dobre?
Terrível, sincera, nobre,
Limpaste as faces de cobre
Das batalhas nos crisóis.”

É uma canção magoada
Que a Pernambuco votei;
Quando a luz da sua espada
Em prol da pátria invoquei.
Ela hasteou a bandeira...
Perante sua fileira
O Paraguai não sorri;
E o grande leão do Norte
Vem tornar ainda mais forte,
Mais leões – ei-los aqui!

Vão levantar-se altos feitos
Que esta idade inda não viu;
E o palpitar destes peitos
O Paraguai já sentiu,
Ele fita os horizontes;
Se debruça sobre os montes,
Escuta um murmúrio além...
E ouvindo enormes rugidos,
Exclama: – ‘Stamos perdidos!
São os do Norte que vêm!...



*Fala-se em improviso por que a formação dessa poesia se deu quando a guarnição da Paraíba estava de passagem por Pernambuco . Ainda nessa época Tobias Barreto era estudante de Direito e aproveitando o momento em que a guarnição passava, atirou com sua arma as letras que formaram a poesia .

*Tobias Barreto - Sergipano (1839-1889)
*Livro Dias e Noites

sábado, 15 de setembro de 2007

sábado, 1 de setembro de 2007

"A Ilha Morta"



“Os primeiros albatrozes do dia anterior, raros e surpreendentes, de uma hora para outra tornaram-se muitos . Albatrozes, petréis, fulmares e aves menores, aos montes . Não entendi direito . Milhares de aves voando em círculo e pousando numa espécie de laje ou ilha à proa . “Não é possível”, pensei, passando a mão nos binóculos, depois de conferir a carta . A 420 milhas a leste de Mar Del Plata, que eu soubesse, não havia nenhuma ilha nesse setor do Atlântico . Mas era verdade : Na frente do meu nariz estava uma pedra infestada de aves, com ondinhas ao redor e tudo . Cinco mil e trezentos metros de profundidade, nenhuma anotação na carta....seria possível?”
“Desengatei o piloto e, com as mãos no leme, fiz uma manobra de aproximação . Era sim uma ilha flutuante e morta . Uma impressionante baleia boiando inflada, tão coberta de vida , de aves em movimento, que era impossível identificá-la . Fiz duas voltas completas e continuei para minha ilha de verdade, ao sul . E, pensando nas desertas fábricas de matar baleias que logo encontraria, não lastimei a sua morte . Oxalá todas as baleias morressem assim, em liberdade, como ilhas flutuantes, tornando-se alimento para aves e peixes ao invés de abatidas como bois .”

Esses dois parágrafos correspondem ao livro de Amyr Klink , "Mar sem Fim", onde o explorador brasileiro viaja de Parati, cidade do Rio de Janeiro, até Parati no mesmo ponto de partida , contudo o diferencial é por onde a viagem vai passar, que é o continente sul , a Antártica, numa viagem de circunavegação pelo mesmo .
Ocorre que em seu livro esse trecho se constitui em uma das mais belas narrações ao longo da história . Amyr consegue associar em suas letras tanto a sensibilidade do homem que mesmo experiente se impressiona com uma baleia, quanto a um pesquisador que se coloca narrador científico mostrando como uma mera baleia morta pode ser uma ilha de vida . Sozinho no Parati I (nome do barco) Amyr desbrava as águas numa viagem insólita , porém a vida o cerca de todas as formas com vários tipos de aves e peixes . Esse capítulo do livro “A Ilha Morta” serve inclusive como ponto de partida para as demais críticas empreendidas ao longo da jornada acerca das fábricas de matar baleias e da famigerada demanda que consome sofrimento , pois ninguém mata essas baleias à toa , existe um mercado para esse negócio de sangue e dor . Mas a vida continua ... a ilha do Amyr , a de verdade, fica bem mais ao sul . E tem no livro muito mais histórias semelhantes a essa, se você quiser fazer essa viagem também leia o livro e sinta-se à vontade sendo parte da tripulação .


*Negrito nosso
*Circunavegação : Navegar em torno de ilha, mar ou continente . Rodear navegando .

sábado, 25 de agosto de 2007

Função metalingüística


Amor: Sentimento que predispõe alguém a querer o bem de outrem .
Gostar : Sentir prazer , apreciar .
Vida :Conjunto de propriedades e qualidades graças às quais animais e plantas se mantém em contínua atividade . Existência .
Morte : Cessação da vida .Termo , fim .

Sem mais palavras .
Palavra : Fonema ou grupo de fonemas com uma significação ; termo , vocábulo . Sua representação gráfica . Faculdade de expressar idéias por meio de sons articulados .
* Fonte Dicionário Aurélio 5º ed.

sábado, 11 de agosto de 2007

Há tão somente 40 anos .

Trechos do Diário de Che na Bolívia . E em um desses últimos trechos escritos e sob o qual se tem acesso após a edição de cortes feito pela CIA(Central de Inteligência Americana), vê-se de forma evidenciada a sensibilidade de Guevara em um dos momentos mais difíceis de sua vida.
08 de agosto de 1967 – “À noite reuni todo mundo, fazendo o seguinte desabafo : Estamos numa situação difícil ; o Pancho se recupera, mas eu sou um trapo humano, em alguns momentos chego a perder o controle; isso se modificará mas a situação deve pesar exatamente sobre todos e quem não se sinta capaz de vencê-la deve dizer logo. É um momento em que tomar decisões grandes; esse tipo de luta nos da a possibilidade de nos converter em revolucionários, o escalão mais alto da espécie humana. Mas também nos permite nos graduar como homens, os que não possam alcançar nenhum desses estágios devem confessá-lo e deixar a luta. Todos os cubanos e alguns bolivianos afirmaram querer seguir até o fim.”






09 de agosto "Lancetaram o tumor no calcanhar, e consigo apoiar o pé, ainda que muito dolorido; e tenho febre .






*Continua...






sábado, 4 de agosto de 2007

“A ideologia contribui para fixar o espaço que nela ocupa o saber” (conhecimento) .


Trabalhando nesse recorte vemos que a própria estrutura filosófica, por mais mínima que seja e por mais diferentes graus que se apresente sofre a determinação de uma força ideológica que lhe molda nessa estrutura .
A exemplo disso temos dois atores filosóficos que representam bem o pensamento outrora observado . 1- Hegel, representante de uma ideologia burguesa que é um ícone da Alemanha de seu tempo e que retrata uma forma aceitável de pensar segundo a condição de seu tempo e espaço . 2- Marx, representante de uma ideologia proletária e também ícone da Alemanha de seu tempo representando assim um pensamento de igual aceitação para com a condição de seu tempo e espaço .
Explica o mestre Adolfo S. Vázquez que [..]“Por seus elementos ideológicos uma filosofia responde antes de tudo aos interesses sociais de classe, que expressa, e supera sua função cognoscitiva ao colocá-la a serviço de uma função social .”
Entendemos que quando se alcança uma dita função social é por que a força ideológica, forjou na estrutura filosófica, um pensamento universal, ou seja, que não pertence mais a quem pensou, pois a mesma “supera sua função cognoscitiva” gerando de tal sorte repercussão social por parte agora da atuação coletiva, motivada nesse instante pelo pensamento antes forjado .
Esmiuçando ainda mais o tema percebemos que é impossível não citar Cazuza quando o mesmo diz "ideologia eu quero uma pra viver". O poeta interprete e de sensibilidade apurada, mostra bem como uma falta de ideologia pode gerar conseqüências na vida . A força ideológica é tão sutil e na sua ausência tão devastadora , que os seres destinatários da força sofrem de tal maneira com a sua lacuna a ponto de pedirem que a força ideológica as procure . E o pedido é em tom de cobrança pois a vida do pedinte é que está em jogo . E isso ocorre por que as ilusões apresentadas aos indivíduos vão tomando partes importantes de sua personalidade, é como se preenchêssemos nossa parte essencial da consciência com futilidades, e de uma hora para outra nos déssemos conta que isso são meras coisas irrelevantes por natureza . Depois de acordar e sair da ilusão queremos agora ter uma personalidade bem construída, mas como fazer isso? . Para construir essa personalidade devemos ter uma força que a impulsione e a força responsável por essa construção será a ideologia . Na época de Cazuza o responsável pela geração da ideologia era o governo através de seu braço político formador de opinião chamado mídia que pela sua ausência nas questões sociais não gerava um espírito crítico-ideológico formador de uma nação . Engraçado como são as circunstâncias, pois hoje o antigo braço político virou um corpo inteiro . E o corpo de antes político é refém muitas vezes de seu antigo braço . E o povo ? respondo a mim mesmo dizendo que o povo é refém de todos !

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Nosso Pan de cada dia


Começou o XV jogos Pan-americanos , que bom ! Agora quero que comecem outros jogos, principalmente aqueles que tratam os excluídos como alvo das setas dos arcos de olhares que só buscam acertá-los com indiferença . Assim lanço a vos um desafio , que tal competir por bondade , não a quem faz mais, mas sim a quem pratica com o melhor coração afetuoso possível . O prêmio será dividido com todos . O árbitro será nossa consciência ou Deus ou os dois, porém o importante será competir por um mundo melhor onde o pódio é o planeta terra com suas infinitas bandeiras da natureza e do amor ao próximo . E queremos já por merecimento medalha de ouro na educação e saúde . E exame antidoping nos corruptos do congresso . Todos os anos nas pan-leições elegemos governantes para mandatos de 4 e 8 anos que não enchem de orgulho assim como enchem os nossos atletas e mesmo assim nós os patrocinamos , devemos mudar ! . Pois bem, eu vou competir a cada minuto da minha existência e enquanto “o tempo não pára" (como dizia o poeta) vou continuar a exalar paz , amor e alegria . Aos mais necessitados darei um pouco do que sobra daquilo que completou minhas necessidades . Aos humilhados o tapete vermelho da dignidade estendida. Pois muito que bem senhores está decidido - Quero um Pan assim ! um Pan onde competir seja sinônimo de união para com todos e por todos . Um Pan de Paz onde trocando um n por z brinquemos com o alfa e Beto das favelas . Quero um Pan de medalhas de ouro para a integridade , para a educação , para com o respeito aos mais velhos, para com tudo aquilo que diziam ser antigo mas que na verdade era e é o certo. E que a pira das nossas ações benévolas brilhe sempre nos nossos corações , pois esse é simplesmente o Pan que devemos competir para ter .
Alguém quer jogar comigo? Por que sendo assim declaro abertos os jogos Pan-americanos de amor ao próximo .

sábado, 30 de junho de 2007

Tobias Barreto




O----
Gênio---
Da---------
Human-------
Idade-----------


Sou eu quem assiste às lutas,
Que dentro d'alma se dão,
Quem sonda todas as grutas
Profundas do coração:
Quis ver dos céus o segredo;
Rebelde, sobre um rochedo
Cravado, fui Prometeu;
Tive sede do infinito,
Gênio, feliz ou maldito
A Humanidade sou eu.

Ergo o braço, aceno aos ares,
E o céu se azulando vai;
Estendo a mão sobre os mares,
E os mares dizem: passai!...
Satisfazendo ao anelo
Do bom, do grande e do belo,
Todas as formas tomei :
Com Homero fui poeta,
Com Isaías profeta,
Com Alexandre fui rei.

Ouvi-me : venho de longe,
Sou guerreiro e sou pastor ;
As minhas barbas de monge tem seis mil anos de dor :
Entrei por todas as portas
Das grandes cidades mortas,
Aos bafos do meu corcel ,
E ainda sinto os ressábios
Dos beijos que te dei nos lábios
Da prostituta Babel

E vi Pentápolis nua,
Que não corava de mim,
Dizendo ao sol : Eu sou tua
Beija-me...Queima-me assim !
E dentro havia risadas
De cinco irmãs abraçadas
Em voluptuoso furor...
Chiando em polpas de alvura ,
Lábios em brasa de amor !...

Travei-me em lutas imensas,
Por vezes cansado e nu,
Gritei ao céu: e que pensas?
Ao mar: de que choras tu?
Caminho... e tudo o que faço
Derramo sobre o regaço
Da história, que é minha irmã:
Chamem-me Byron ou Goethe,
Na fronte do meu ginete Brilha a estrela da manhã.

E no meu canto solene
Vibra a ira do senhor
Na vida , nesse perene
Crepúsculo interior , o ímpio diz : anoitece !
O justo diz : amanhece !
Vão ambos na sua fé...
E às tempestades que abalam
As crenças d’alma , que estalam,
Só eu resisto de pé !...

De Deus ao imenso ouvido
A humanidade é um tropel,
E a natureza um ruído
Das abelhas com seu mel,
Das flores com orvalho,
Dos moços com seu trabalho
De santa e nobre ambição,
De pensamentos que voam,
De gritos d’alma que ecoam
No fundo do coração !...



*Tobias Barreto de Meneses (1839 -1889)

Em : O gênio da Humanidade
Obra : Dias e noites

sábado, 23 de junho de 2007

A Estética e o Belo






Etimologicamente essa palavra de origem grega “Estética” significa sensação . Seria uma espécie de filosofia que se dedica ao estudo de uma teoria geral da sensibilidade . Assim, muitos a conceituam hoje, focando em seu objeto, como sendo a ciência do belo ou a filosofia da arte, ficando dessa forma o objeto da Estética sendo portanto o “Belo” .
E eis aí outro problema , o que é o Belo? . Para Platão o Belo é a verdade, já que para o filósofo grego afirmava ser o Belo o esplendor da verdade . Mas esse conceito ainda denota uma precariedade , pois ficamos de ante de mais uma interrogação, o que é a verdade?-Deixemos essas questões de verdade para um outro encontro - sendo importante mesmo é saber que o conceito de belo não se exaure em entendê-lo somente como a verdade .
Para outros o Belo é o que agrada, pois para os teóricos sensoriais , aquilo que causa sensação aos sentidos é belo . Mas esse raciocínio não enumera toda a gama de possibilidade de tudo que pode ser belo, pois muitas coisas na vida são agradáveis aos sentidos mas não são belas .
Uma teoria denominada moralista ou ética conceituava o Belo como sendo o bem . Entretanto cumpre esclarecer que vamos navegando por entre conceitos, e quanto a essa teoria cabe destacar que o objetivo do artista é criar o belo e não pregar o bem . E esses conceitos de bem e Belo não se confundem e nisso os moralistas também não completam o conceito de Belo . Mesmo assim todas as nossas informações(circunstâncias) lenvantadas servem para que nos encaminhe ou de um norte ao tema centro que é a Estética e como consequência o Belo .
Assim enquanto o homem esclarece ao longo do tempo o aspecto da Estética vai também ao longo da jornada de vida conceituando o Belo de acordo com seus ângulos , como bem fez Aristóteles no capitulo VII de poética . Lá dizia ele que : “O Belo consiste na ordem e na grandeza”.
Para boa parte dos doutrinadores a fundamentação que consegue consagrar esses estudos do Belo e da Estética, reside no seguinte enunciado “A educação do gosto é possível pelo estudo da Estética, que é a base teórica e filosófica do Belo, é pela apreciação do das obras de valor artístico , que sedimenta , na prática, o aperfeiçoamento do gosto”.
Por isso é fácil para um Europeu ser catalogado como "apreciador de arte por natureza" , ele foi educado para olhar com visão . Um pobre Africano tem seu olhar voltado na maioria das vezes ,única e exclusivamente para a sobrevivência, não lhe sobrando um mísero tempo para aperfeiçoar sua sensibilidade com a educação que também deveria merecer mas não tem !







* Essas obras são da autoria de Francisco José de Goya y Lucientes . O 1 º é a Maja vestida enquanto que 2º quadro é a Maja nua . Ambos os quadros estão atualmente no Museu Del Prado, na Espanha .

sábado, 2 de junho de 2007

Queridos Filhos :


“Se um dia tiverem que ler esta carta , será porque não estou mais entre vocês . Vocês quase não se lembrarão de mim e , os menores não se lembrarão de nada em absoluto . Seu pai foi um homem que agiu de acordo com suas próprias crenças e sem dúvida foi fiel às suas convicções .Cresçam como bons revolucionários . Estudem muito para serem capazes de conhecer as técnicas que permitem dominar a natureza .Lembrem-se de que a revolução é importante e que cada um de nós , sozinho , não vale nada . Acima de tudo , procurem sempre sentir profundamente qualquer injustiça cometida contra qualquer pessoa em qualquer parte do mundo . É a mais bela qualidade de um revolucionário . Até e sempre , filhinhos . Ainda espero vê-los de novo . Um beijo grande de verdade e um abraço do papai .”( Ernesto Guevara – Carta aos filhos )


* Vejo despedidas, excplicações, conselhos ... Era sem dúvida além de um pai de seus filhos , um pai dos filhos dos outros !

* E como herança ficou o exemplo de uma vida !
*Essa foi a última foto em Havana com sua mulher Aleida e seus 4 filhos .


sábado, 26 de maio de 2007

O que revelam os mitos?



Antes de saber sobre o que de fato revelam os mitos cumpre destacar que existem outras concepções que nos ajudam a entender melhor sobre os próprios mitos . Assim entender sobre o que significam “histórias verdadeiras” e “histórias falsas” nas sociedades onde o mito ainda se encontra vivo é importante , pois para as sociedades indígenas, por exemplo, todo o início da simbologia passada aos curumins (crianças) e mulheres pelos homens e mais velhos começava nessa diferenciação que por sinal revela um aspecto didático útil para a sobrevivência do próprio mito .
Seriam assim “histórias verdadeiras” os fatos narrados onde tratassem da origem do mundo, seus protagonistas se são entes divinos ou sobrenaturais bem como celestiais ou astrais . Um bom exemplo seria a narrativa onde um protagonista era um jovem de origem humilde e que se tornou redentor livrar seu povo da submissão lutando bravamente e etc...
Ao contrário disso tem-se nas “histórias falsas” a presença de certo conteúdo profano como por exemplo às proezas nada edificantes do Coiote que é retratado como o espertinho trapaceiro sendo assim um tratante consumado pela sua arte de enganar .
Mas para que serve os mitos ou o que revelam os mitos?
Muito embora sejam verdadeiras ou falsas há de se notar que em ambos os casos estamos sempre diante de histórias e que as mesmas servem para relatar os eventos ocorridos e por conseguinte e natural a toda história transmitir uma mensagem .
Mas a mensagem para ser completa precisa ser bem elaborada e os mitos não narram apenas a origem dos mundos de forma direta, eles narram também como o mundo se tornou no que é hoje, ou seja, todos os acontecimentos primordiais que geraram influência no homem ensinando-lhe de tal forma a ação e reação através dos exemplos principalmente naturais são contados .
Dessa forma nos locais onde ainda vive o mito considera-se que “o homem tal qual é hoje é o resultado direto daqueles eventos míticos é assim sendo assim constituído por aqueles eventos” Esse corte da autora Mircea Eliade resume bem toda essa simbologia. Afinal se os Deuses por ventura não o ensinassem a arte de existir eles seriam como pedras inertes no tempo e espaço e assim o ser homem não seria mortal vivendo indefinidamente sem propósito de ação relevante como uma pedra .

sábado, 12 de maio de 2007

Dignidade da pessoa Humana


Antes de entendermos sobre dignidade da pessoa humana vale ressaltar o que são os chamados “Direitos humanos” ; e o conceito dele em linhas gerais compreende a qualificação que deve ser considerada de cunho fundamental para qualquer sociedade . Assim posso dizer a vós que a expressão “Direitos humanos” fundamenta tudo o quanto que é indispensável de proteção para nosso bem no meio social .
Entender esse mecanismo de nossa criação é voltar os olhos sobre nós mesmos como pessoa e refletir sobre nosso papel dentro da atividade humana , ao qual gerenciamos e somos gerenciados enquanto partícipes de nossa sociedade a fim de que possamos combater nossas fraquezas e apurarmos nossa sensibilidade humana para desenvolvermos de maneira coletiva o bem de todos sem distinção nenhuma . Mas por que são considerados Fundamentais ? Bem , esse termo consegue com propriedade sintetizar de forma fiel todo nosso anseio pelo qual como seres humanos que somos vamos precisar no exercício da vida em conjunto . O que é fundamental para nós compreende todas as condições mínimas úteis à humanidade assim como os benefícios pelo qual vamos fazer uso em nossa vivência e que de tal sorte precisam também ser reconhecidos e garantidos , dessa forma a esse conjunto de garantias é que se nomeia “Direitos Humanos” .
Dentro do rol de Direitos humanos destaca-se a “Dignidade da pessoa Humana” . E é fácil falar em dignidade no Brasil afinal maus exemplos temos muitos , o que é bom uma vez que nos ajuda a ver como não devemos ser , mas extremamente difícil é praticar nesse nosso cenário a dignidade . Com isso Dignidade será o respeito que vamos todos praticar a fim de que nossa qualidade de Humanos nos faça uma pessoa melhor com uma sociedade mais justa . Melhor aqui não é sinônimo de bom , samaritano , indulgente...etc , mas sim Humano no sentido de que nossas atitudes derivam de razão para compreender o próximo e praticar ou ensinar a praticar tudo o que é de útil a nós mesmos como signatários de um mundo só . Lembra o contrato Social do mestre J.J Rousseau mas lá se cede parcela de liberdade , aqui se cobra parcela de razão e bom senso .
Por isso mesmo com todas as nossas diferenças devemos nos empreender a entender o próximo , mesmo que o próximo seja também um criminoso , pois nele antes de criminoso existe uma pessoa e que seu ato danoso para a sociedade vai ser sim punido mas com uma punição digna (em tese) , pois mesmo ele que foi contra a coletividade- em proteção aos seus bens- é também como já dissemos um ser humano . É de consenso que a forma de punição na sociedade moderna seja a das vias jurídicas por meio de seus mecanismos de ordem penal (principalmente) e é de lá que vos trouxe hoje esse tema sobre Dignidade da pessoa Humana , pois essa é uma construção que devemos sempre frisar principalmente na prática de nossas ações . Alguém precisa ser Humano no meio dos humanos .

Não Compreende atos de Dignidade Humana a prática de :
* Tratamento desumano ou degradante
* Penas Perpétuas
* Torturas
* Penas de Banimento ou cruéis
* Trabalhos forçados ou escravos

Afirma Ferrajoli , Luigi em Direito e Razão “Um Estado que mata , que tortura , que humilha um cidadão não só perde qualquer legitimitade , senão que contradiz sua razão de ser , colocando-se no nível dos mesmos delinqüentes .”

sábado, 5 de maio de 2007

Por Trás do "por trás das grades"

“Tudo é prisão em torno de mim ; acho-a sob todas as formas , tanto nos homens , como nas grades ou nos ferrolhos . Esta parede é a prisão de pedra ; esta porta é a prisão de madeira ; estes carcereiros são a prisão em carne e osso . A prisão é uma espécie de ser horrível , completo , indivisível , metade casa , metade homem . Eu sou a sua presa ; ela esconde-me , enlaça-me nas suas dobras , encerra-me sob suas muralhas de granito , prende-me com suas fechaduras de ferro e vigia-me com seus olhos de carcereiros .”
“[...] Agora tudo está acabado , bem acabado .”
“[...] Agora louvado Deus , já nada espero !”

Trechos do livro Último dia de um condenado , cujo autor é Victor Hugo .

Penso eu como seria se ao invés da personagem do livro narrar o que sentia em uma prisão européia , narrasse o que sentia se estivesse preso , detido ou até mesmo condenado em uma prisão tupiniquim "made in Brazil", essas mesmas que ostentam em largas letras a mensagem “Segurança Máxima” . Acredito que no segundo dia já seria possível dizer : Máxima ? questionando e seguido de riso por entre lábios .
Isso se deve a uma fragilidade do sistema penitenciário Brasileiro , ou melhor , do sistema de acomodação brasileiro aonde alguns poucos se vêm em seus próprios lares e desfrutam de luxos que os pobres mortais honestos muitas vezes não podem ter .
*Prisão Militar do Ceará – Lá , presos militares encomendam mortes para que se eliminem provas e se arquive o processo por falta das mesmas .
*Prisão de segurança máxima de Bangu – Disponibilidade de linhas telefônicas de todas as operadoras e com serviços de recarga a base de trote-seqüestro e etc.. !




Assim as prisões tupiniquins poderiam ser reescritas pelo autor do livro como sendo :

“Tudo é prisão em torno dos que ficam fora dela (os honestos) , pois aqui não a acho sob nenhuma forma , tanto nos homens , como nos que pensam que aqui existem grades ou ferrolhos . Esta parede é a prisão de areia (se eu cavar consigo fugir) , esta porta é sempre aberta ; estes carcereiros são os mal pagos do Estado em carne e osso . A prisão é uma espécie de ser maravilhoso , completo , divisível (para pobres e ricos) , metade casa , metade homem . Eu sou seu gerente (mando e desmando ) , ela finge que me esconde , e enlaça-me com suas frágeis dobras , encerra-me com suas muralhas de corrupção , prende-me com suas fechaduras de chocolate e vigia-me com seus olhos de cegos .”
“[...] Agora tudo está confortável , bem confortável .“
“[...] Agora louvado Deus , tudo espero .“

Citações : “Eu vi a escada e subi ...fuga foi fácil e tranquila” (Roberto Aparecido Alves de Souza, o Champinha, de 20 anos acusado pela assassinato dos estudantes Liana Friedenbach, 16 e Felipe Silva Caffé, 19 )
: “Não me conformo com essa prorrogação, não há nenhuma necessidade. A investigação pode ser feita independente da privação de liberdade. Essa é uma punição desnecessária”, (Advogado Nélio Machado cujos clientes inofensivos são somente o presidente das Ligas Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa), Ailton Guimarães Jorge, o Capitão Guimarães, e o desembargador federal do Rio de Janeiro, José Ricardo de Siqueira Regueira)

domingo, 29 de abril de 2007

"Os filósofos apenas interpretam de modo diferente o mundo; o que importa é transformá-lo"(Adolfo Sánchez Vázquez)

A tese muitas vezes apresentada não é no entanto em seu contexto prático entendido e aplicado como se deveria, e isso ocorre devido a uma errônea interpretação dos seus fundamentos onde se encontram implícitos as questões fundamentais da práxis filosófica e da teoria que por sua vez a subsidia.
Com isso o corte exposto esboça dois sentidos a serem alcançados . O primeiro deles visa revelar o caráter filosófico da importância do saber , de interpretar, buscando uma verdadeira visão de mundo constituída a partir de uma análise efetivamente crítica. Já o segundo ponto apóia-se no primeiro para ser efetivado, qual seja? Transformar a partir do saber. Mas toda essa tese só entra na prática quando posta em choque com a evidência real de mundo , afinal precisamos ter o que mudar. Dessa forma a relação fundamental se sustenta na premissa que identifica o mundo como o objeto, ou seja, o mundo identificado como objeto de nossas transformações.
Assim sendo vos passo outra frase daquele que foi considerado o maior artífice da revolução social do século XX. Disse Certa vez Lênin : “Sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário possível .” Percebe-se que as teses filosóficas que encaram a negativa de uma prática ou de uma teoria não associadas incorrem no absurdo de seu próprio sucesso . Essa mesma conclusão é advinda também por parte de Marx , quando o mesmo , na primeira tese de Fuerbach reconhece o problema do conhecimento se submetido à crítica do materialismo ou do idealismo .
Não pense você que ao dizermos "mudança" de mundo estamos falamos de algo fora de sua alçada, não ! Mudar o mundo a partir de uma filosofia é em primeira instância reconhecer os objetos pelos quais a relação da atividade humana se configura e como conseqüência efetivar sua transformação, a revolução começa dessa forma . Quando a essa práxis filosófica passa a ocupar o ponto central das ditas atividades humanas temos uma reviravolta no modo de vida ordinariamente humano. Com isso o ordinário passa a ser extraordinário e os pensamentos filosóficos outrora pensados subsidiam um revolução . E todos sabemos que a mudança é o primeiro passo de uma revolução , e sendo ela adquirida através do exposto em que a premissa fundamental é interpretar para transformar não há como negarmos a possibilidade de revolução no cenário humano , não importando se seja mínimo ou máximo de existência será sempre ela revolução .
Sendo assim será que não é possível fazermos todos os dias “pequenas” mas dignas revoluções ? Por que só de mudar um pouco que seja afim de melhorar no mínimo as nossas vidas e por que não até a dos outros já vale muito para um país que pede essa ajuda que é o nosso Brasil. Jogar o lixo na lixeira, dizer um bom dia, esboçar um sorriso, pedir por favor ou agradecer...- sabemos que isso não é difícil, o que falta mesmo é atitude para mudar essas circuntâncias , e como querer mudar sem dar um passo de atitude?

sábado, 21 de abril de 2007

Representação icnográfica retratada pelo pintor Pedro Américo de Figueredo e Melo - 1893


Notem a túnica branca e a cruz com Jesus próxima a cabeça , as semelhanças não são meras coincidências !
"Libertas quae sera tamen"
(Liberdade ainda que tardia)

Joaquim José da Silva Xavier tem sua história contada e recontada nos livros de história como sendo : Dentista , alferes , líder inconfidente que foi condenado por lesa majestade em 1792 . Mas, o que mais não nos conta a história sobre esse que foi o único dos inconfidentes (revolucionários) a ter pena de morte cominada com esquartejamento ?

É comum surgirem heróis ainda mais em um país carente de ídolos como o Brasil , porém da mesma maneira como surgem eles são também destruídos e usados , importando mesmo é o interesse de uma classe dominante que utiliza suas histórias de vidas e glórias como peças de um artificioso jogo , jogo onde as peças somos nós ! Na história de nosso nobre Alferes sua morte ocorre em 1792 mas somente em 1899 , registre-se 107 anos depois é que lhe foi alçado o título de herói nacional em virtude do interesse estratégico dos então recém empossados da república que precisam de um ícone para a comoção nacional e formação de unidade entre um povo que vivia atordoado e necessitava de ver um símbolo (também de origem popular) para realçar a nacionalidade em torno do objetivo comum dos republicanos .
Dentre os inconfidentes destacaram-se :
Os padres - Carlos Correia de Toledo e Melo, José de Oliveira Rolim e Manuel Rodrigues da Costa
Os Militares - O tenente-coronel Francisco de Paula Freire de Andrade, os coronéis Domingos de Abreu e Joaquim Silvério dos Reis
Os poetas - Cláudio Manuel da Costa, Inácio José de Alvarenga Peixoto e Tomás Antônio Gonzaga.
O “ninguém” - Joaquim José da Silva Xavier

Dizemos Ninguém por que sem dúvida dentre os participantes era o de menor classe e prestígio social , porém ,não se esqueçam companheiros de leitura, foi justamente esse ninguém que assumiu tudo , não se eximiu de sua responsabilidade e nem tão pouco delatou seus companheiros !

A delação coube ao militar Joaquim Silvério dos Reis , o Judas dos inconfidentes .

As penas finais impostas pela coroa portuguesa na figura da Rainha Dona Maria I foram :
* Pena de desterro (exceto Tiradentes) – Prevê a saída dos condenados do local do crime e da residência do ofendido . No caso saída do Brasil .
* Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes . Pena de morte e esquartejamento

É... você também deve ter percebido como as circunstâncias entre a história de nosso alferes e a de Jesus Cristo de Nazaré se confundem e podem ser usadas facilmente como mecanismo para ludibriar massas . Ambos possuem cunho revolucionário e delatores . Ambos são usados e não compreendidos . Ambos foram assassinados por uma força dominante . Então caro visitante conheça e reflita sobre nosso mártir e também não mate seus ídolos com um tiro de ignorância , pois ele foi mártir para nossa liberdade e não para nossa submissão !