sábado, 26 de maio de 2007

O que revelam os mitos?



Antes de saber sobre o que de fato revelam os mitos cumpre destacar que existem outras concepções que nos ajudam a entender melhor sobre os próprios mitos . Assim entender sobre o que significam “histórias verdadeiras” e “histórias falsas” nas sociedades onde o mito ainda se encontra vivo é importante , pois para as sociedades indígenas, por exemplo, todo o início da simbologia passada aos curumins (crianças) e mulheres pelos homens e mais velhos começava nessa diferenciação que por sinal revela um aspecto didático útil para a sobrevivência do próprio mito .
Seriam assim “histórias verdadeiras” os fatos narrados onde tratassem da origem do mundo, seus protagonistas se são entes divinos ou sobrenaturais bem como celestiais ou astrais . Um bom exemplo seria a narrativa onde um protagonista era um jovem de origem humilde e que se tornou redentor livrar seu povo da submissão lutando bravamente e etc...
Ao contrário disso tem-se nas “histórias falsas” a presença de certo conteúdo profano como por exemplo às proezas nada edificantes do Coiote que é retratado como o espertinho trapaceiro sendo assim um tratante consumado pela sua arte de enganar .
Mas para que serve os mitos ou o que revelam os mitos?
Muito embora sejam verdadeiras ou falsas há de se notar que em ambos os casos estamos sempre diante de histórias e que as mesmas servem para relatar os eventos ocorridos e por conseguinte e natural a toda história transmitir uma mensagem .
Mas a mensagem para ser completa precisa ser bem elaborada e os mitos não narram apenas a origem dos mundos de forma direta, eles narram também como o mundo se tornou no que é hoje, ou seja, todos os acontecimentos primordiais que geraram influência no homem ensinando-lhe de tal forma a ação e reação através dos exemplos principalmente naturais são contados .
Dessa forma nos locais onde ainda vive o mito considera-se que “o homem tal qual é hoje é o resultado direto daqueles eventos míticos é assim sendo assim constituído por aqueles eventos” Esse corte da autora Mircea Eliade resume bem toda essa simbologia. Afinal se os Deuses por ventura não o ensinassem a arte de existir eles seriam como pedras inertes no tempo e espaço e assim o ser homem não seria mortal vivendo indefinidamente sem propósito de ação relevante como uma pedra .

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