sábado, 13 de outubro de 2007

Modernidade e Pós-modernidade - Parte 2



Parte II – A crítica dos filósofos a Modernidade

Nessa parte iremos abordar a visão de como os pensadores reagiram aos conceitos já desenvolvidos por nós, sobre modernidade . E esses pensadores consagrados pelo manto da razão são : Marx ; Nietzsche ; Weber e Adorno . Entretanto vários outros pincelaram o tema proposto como a exemplo de Rousseau .
Seguindo a ordem e examinando a crítica de Karl Heinrich Marx à modernidade podemos notar que é justamente esse filósofo quem de maneira mais enfática conjuga as relações dos aspectos negativos e positivos ligados à modernidade. Marx contudo não afasta a questão do mérito histórico da classe social impulsionada por uma burguesia, não . Para Marx o progresso oriundo da razão se “materializou no desenvolvimento das forças produtivas” como bem ensina Sánches . Mas Marx ressalta que o domínio do homem sobre a natureza deu lugar ao domínio do homem sobre outros homens , ou seja , a alienação . E como sempre fazendo referência ao social em face do desenvolvimento , Marx cristaliza seu pensamento quando afirma que a modernidade por sua versão burguesa trouxe enormes custos para o desenvolvimento humano e que esse próprio desenvolvimento será o estopim para uma emancipação livre da própria humanidade através da destruição e superação que é a burguesia . E finalizando cumpre salientar que a visão de Marx da modernidade é a que expressa sobre a exploração e a opressão dos homens oriundo da própria limitação das classes .
Após Marx temos Friedrich Wilhelm Nietzsche , que no século XIX radicalizou seus pensamentos quanto à crítica da modernidade . O próprio Nietzsche combate à superação ligada a um progresso. Para ele não há Ascenso sem retorno . Contudo não chega ele a negar totalmente essa ascensão pois também acredita na chegada ou formação de o “homem novo” que saberá por sua vez criar novos valores . E para Nietzsche é a esse homem a quem o futuro continua aberto e sendo assim possível da nova reconstrução do seu meio .
Compreender Maximillian Carl Emil Weber sob esta ótica moderna é saber que para esse filósofo , cujas idéias repercutiram no século XX , A modernização é a interpretação de todas as outras descobertas que nos culminaram pelo processo contínuo de racionalização . E a razão aqui em Weber é a que se aliena pelos próprios princípios e valores . Segundo Weber esse processo vai gerar a chamada “jaula de ferro” donde uma dita força irresistível presente nas barras da jaula é que vão determinar o destino de cada indivíduo .Consignando a isso temos que essa dita força irresistível está no nosso meio de vida, e é assim o capitalismo que não conhece , valores ou princípios , mas sim eficiência ou ineficiência .
Para o filósofo da escola de Frankfurt Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno a modernidade vai se caracterizar justamente pelo desdobramento da razão . Esse desdobrar é que vai implicar num chamado progresso técnico e econômico e será a sua face tecnológica , obtida como fruto desse desenvolvimento, que vai gerar os objetos ou máquinas que dominaram as relações humanas entre os próprios homens . Para Adorno isso é que vai compreender a sociedade industrial avançada gerando como reflexo a burocracia da vida social dos próprios homens .

* A imagem relata bem o que seria a "jaula de ferro" de Weber . E a grande mão que move os destinos seria o capitalismo .

Um comentário:

Nastenka/Agda disse...

Será q a como parar essa mão?

...


bjus