sábado, 22 de dezembro de 2007

Negação e Afirmação da pós-modernidade - Parte 3


Depois de um breve tempo afastado das letras filosóficas, porém em construção de outros pensamentos, voltamos agora à nossa casa de idéias e voltamos de onde paramos . Certamente fica mais fácil parar quando sabemos que podemos voltar por que deixamos algo que nos justifica a continuar .
No nosso último encontro onde fui o cicerone na viagem sobre modernidade e pós-modernidade, e faltou-nos fechar com a conclusão do nosso tema . E ainda seguindo o nosso livro gênese, daremos seqüência ao desfecho filosofal sobre o mesmo .
Afinal a modernidade não é apenas segundo A . Sánchez criticada, mas ela é também negada !
Vale ressaltar que o pós-moderno apresenta-se de maneira a ser uma outra forma de pensar e praticar aquilo que se tem como modernidade, logo é o resultado daquilo que já comentamos em outras linhas sobre a sociedade pós-industrial que começa a surgir após a segunda guerra .
Dessa forma comentar a negação pós-moderna é enfrentar o ponto que envolve a palavra legitimação . Contudo a própria pós-modernidade nega seu fundamento de legitimação, pois despreza a própria categoria de fundamento, o que arruína qualquer tentativa por si só de se pensar em legitimação . Mas sabemos também que sim, existe um nexo entre fundamento e o projeto, uma vez que lógica já nos ensinou que todo projeto para ser válido precisa estar fundamentado . Adolfo Sanches cita uma indagação interessante quando diz : “Se se afirma a carência absoluta de fundamento, em que fundamentamos a falta de fundamentos?” . Confesso que a questão é complexa .
Dessa forma a negação de emancipação, cuja raiz é encontrada como cerne também na modernidade, é uma questão de múltipla ordem em nosso meio por que suas teias se estendem desde a teoria à prática política . Podemos dizer em síntese que o pensamento pós- moderno nega a história (impondo seu rítimo na consciência do tempo que nos rege), nega o sujeito (por que maquia e faz o homem que quer segundo seus interesses), nega o progresso (por que impõe a seu rítimo as transformações) . E se tivermos história será a pós-história por que chegamos a nosso fim !
Concluímos nosso estudo sobre o tema que foi abordado em três partes dizendo que o pensamento pós-moderno consegue fazer com que o presente que se reproduz a todo instante fazendo com que o novo sempre se repita , perdendo logo a característica de novidade, mas nos impondo a tendência pela cultura fútil e que ainda muitos contribuem com isso fomentando a cultura inútil e replicando em gens esse modo de vida . Lamentável .
Quando a afirmação da pós-modernidade ela não existe, por que se a afirmamos e a legitimarmos dentro de nosso cenário social é sem dúvida o fim meus caros !!